A vitamina D é, atualmente, um assunto popular entre as pessoas quando se fala em saúde. Especialmente adultos e idosos se preocupam com a absorção da substância para a melhoria de sua qualidade de vida.
Mas e a vitamina D para crianças? Como ela age nos corpos infantis e quais são os seus benefícios?
Preparamos este conteúdo para responder a essas perguntas e tirar as suas dúvidas. Confira!
A Vitamina D no corpo
Apesar de sua nomenclatura, a vitamina D na sua forma ativa é, na verdade, um hormônio, pois ela pode ser sintetizada pelo nosso organismo. Ela tem diversas funções, sendo muito conhecida por auxiliar na absorção do cálcio e do fósforo, e assim, manter a saúde do nosso sistema osteomuscular.(1)
Nos adultos, quando há deficiência de vitamina D, também há a redução das taxas de cálcio e, consequentemente, problemas de ossificação e doenças como osteopenia e osteoporose.(2)
Mas a vitamina D vai muito além da saúde dos ossos com outras atuações que colaboram com o funcionamento de nossas funções vitais (1). Por exemplo:
- regulação do magnésio;
- liberação de insulina pelo pâncreas;
- controle da pressão arterial;
- auxílio no metabolismo dos carboidratos;
- proteção de vasos sanguíneos.
A vitamina D na infância
A vitamina D para crianças é tão importante quanto para as outras fases da vida. Então, ela não deve ser ignorada e os responsáveis por elas devem se certificar para que não sofram com baixos níveis da vitamina em seu organismo.
Aliás, o cuidado com a ingestão da vitamina deve ser iniciado já na gestação, indo até o nascimento e continuando durante toda a infância.
Isso porque, como explicamos anteriormente, a substância tem funções fundamentais para o bom funcionamento de nosso organismo.
Por exemplo, a vitamina D para crianças ajuda na construção de ossos fortes e, assim, ajuda a prevenir o raquitismo, uma doença que amolece os ossos e impossibilita o crescimento. (3)
Além disso, a vitamina D para crianças também auxilia em processos como (4):
- formação de ossos e dentes;
- funcionamento do sistema imune;
- divisão celular.
Como a vitamina D pode ser absorvida?
Há duas maneiras principais para que a vitamina D seja absorvida pelo nosso organismo de modo eficiente: pelo sol e pela ingestão de alguns alimentos. Nós explicaremos como isso acontece a seguir.
1. Pelo sol
A forma adquirida principal da vitamina D para crianças e pessoas em geral é através do sol. Ele é responsável por 80% a 90% da vitamina D que o nosso organismo recebe.
Na prática, acontece desta forma: os raios solares UV-B atingem a nossa pele, penetram na epiderme e produzem uma reação fotoquímica. Assim, ocorre a produção da vitamina D.
A exposição ao sol deve acontecer no início da manhã, até às 10 horas, ou no fim de tarde, quando os raios solares não são tão nocivos à pele. O tempo de exposição deve ser de 10 a 20 minutos. (1)
No caso de bebês, eles devem ser expostos ao sol de 6 a 8 minutos por dia, três vezes na semana, usando apenas fraldas.
Já crianças maiores, precisam estar com as pernas e os braços descobertos para que o sol entre em contato diretamente com a pele. Pode ser utilizado o filtro solar, pois ele não impede que o corpo absorva a vitamina D.
A absorção da vitamina D para crianças deve ser aliada a brincadeiras no sol. Então, vale tirá-las de dentro de casa ou apartamento e levá-las para brincar no parquinho. Desse modo, elas melhoram seus níveis da substância e ainda se beneficiam da interação social com outras crianças.
2. Alimentos
A segunda forma para absorção de vitamina D para crianças é através da ingestão de alimentos. Esse método corresponde a apenas cerca de 10 a 20% da quantidade necessária, contudo, ele não deve ser ignorado.
Veja uma pequena lista de alimentos ricos em vitamina D para incluir na dieta das crianças: (5)
- salmão e atum;
- ovo cozido;
- carne de boi;
- fígado de galinha;
- manteiga;
- iogurte;
- cogumelos orgânicos;
- queijo cheddar;
- peixe-espada.
REFERÊNCIAS
(1) Sol na medida para fabricar vitamina D. Disponível em: <https://www.americasmed.com.br/central-de-conteudo/informativos/sol-na-medida-para-fabricar-vitamina-d>. Acesso em: 15 dez. 2022.
(2) (1) MAEDA, S. S. et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D. Arquivos brasileiros de endocrinologia e metabologia, v. 58, n. 5, p. 411–433, 2014.
(3) Quadros, K. R. da S., & Oliveira, R. B. de. (2016). Reposição de vitamina D nativa: indicação à luz das evidências científicas atuais. Revista Da Faculdade De Ciências Médicas De Sorocaba, 18(2), 79–86. https://doi.org/10.5327/z1984-4840201626833
(4) BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Instrução Normativa - In Nº 28, De 26 De Julho De 2018. Disponível em: <http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/3898888/IN_28_2018_COMP.pdf/db9c7460-ae66-4f78-8576-dfd019bc9fa1>. Acesso em 19 de jan. 2023.
(5) ANDRADE, P. C. DE O. et al. Diet, sun exposure, and dietary supplementation: effect on serum levels of vitamin D. Revista Médica de Minas Gerais, v. 25, n. 3, p. 432–437, 2015.