A gravidez é uma fase muito importante da vida de uma mulher que deseja ter filhos. Afinal, ela é marcada por mudanças fisiológicas significativas que demandam cuidados especiais com a saúde e a nutrição. Neste contexto, a suplementação adequada durante a gestação é fundamental para garantir o desenvolvimento saudável do bebê e o bem-estar da mamãe.
A seguir, abordamos a importância da suplementação na gravidez, os principais suplementos recomendados e os cuidados essenciais a serem observados. Continue lendo para saber mais!
O que é a suplementação na gravidez?
A suplementação na gravidez envolve a ingestão de vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais que podem não ser obtidos em quantidades suficientes apenas com a alimentação.
Na maioria dos casos ela se faz necessária durante a gestação após uma avaliação dos médicos especialistas, pois as necessidades nutricionais da mulher aumentam significativamente para suportar o crescimento e o desenvolvimento do feto, bem como para manter a saúde materna (4).
Qual a importância da suplementação para gestantes?
A suplementação é crucial para prevenir deficiências nutricionais que podem afetar tanto a mãe quanto o bebê como, por exemplo (4):
- Prevenção de deficiências nutricionais como ferro e vitamina D, além de fortalecer o sistema imunológico;
- Suporte ao desenvolvimento fetal do bebê;
- Melhoria da saúde materna e prevenção de complicações como pré-eclâmpsia;
- Alívio de sintomas como náuseas;
- Apoio na recuperação física da mãe após o parto;
- Melhoria da qualidade do leite materno.
Quando deve suplementar?
A forma mais indicada de iniciar a suplementação é antes mesmo da concepção e continuada durante toda a gravidez, conforme orientação médica. A suplementação deve ser ajustada de acordo com as necessidades individuais e os resultados de exames laboratoriais (1).
Quais as suplementações para gestantes?
Conheça a seguir as principais suplementações para gestantes! (1, 2, 3)
Ômega-3 e DHA
O ômega-3 é essencial para o desenvolvimento cerebral e visual do feto. Suplementos de ômega-3, especialmente aqueles ricos em DHA, são recomendados para garantir que a mãe e o bebê recebam quantidades adequadas desse nutriente crucial.
O DHA (ácido docosa-hexaenoico) é um tipo de ômega-3 que desempenha um papel vital no desenvolvimento do cérebro e dos olhos do feto. A ingestão adequada de DHA durante a gravidez está associada a melhores resultados cognitivos e visuais no bebê.
Ferro
O ferro é fundamental para a produção de hemoglobina, que transporta oxigênio para as células. A necessidade de ferro aumenta significativamente durante a gravidez para apoiar o aumento do volume sanguíneo materno e o desenvolvimento do feto e da placenta. A suplementação de ferro ajuda a prevenir a anemia, que pode causar fadiga e aumentar o risco de complicações na gravidez.
Vitamina D
A vitamina D é importante para a absorção de cálcio e o desenvolvimento ósseo do feto. Além disso, a vitamina D desempenha um papel crucial na função imunológica. A deficiência de vitamina D durante a gravidez pode levar a problemas de desenvolvimento ósseo no bebê e aumentar o risco de pré-eclâmpsia na mãe.
Zinco
O zinco é um mineral essencial para o crescimento e desenvolvimento celular. Ele é vital para a função imunológica e a síntese de DNA.
Vitaminas B6 e B12
As vitaminas B6 e B12 são essenciais para a produção de energia, a formação de glóbulos vermelhos e o desenvolvimento do sistema nervoso do feto. A vitamina B6 também pode ajudar a aliviar os sintomas de náuseas matinais, enquanto a vitamina B12 é crucial para a produção de células sanguíneas.
Cuidados essenciais no consumo de suplementos durante a gravidez
É fundamental que as gestantes consultem um médico antes de iniciar qualquer suplementação. O profissional de saúde pode avaliar as necessidades individuais, realizar exames de sangue e recomendar a dosagem adequada para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Quando não deve suplementar e o que evitar
Alguns suplementos podem ser prejudiciais durante a gravidez se tomados em excesso. Por exemplo, a vitamina A em altas doses pode ser teratogênica, causando defeitos congênitos. As gestantes devem evitar a automedicação e sempre seguir as orientações do médico para evitar complicações.
Referências
1 - BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf>. Acesso em: 27 mai. 2024.
2 - SILVA, L. S. Et al. Micronutrientes na gestação e lactação. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: 2007. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbsmi/a/bL67SRL75WjNkHzkTvsywht/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 27 mai. 2024.
3 - MEZZOMO, C. L. S. Prevenção de defeitos do tubo neural: prevalência do uso da suplementação de ácido fólico e fatores associados em gestantes. Rio de Janeiro: 2007. Disponível em: <www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/csp/v23n11/18.pdf>. Acesso em: 27 mai. 2024.
4 - ALKMIM, B. F. Et al. Suplementação vitamínica durante a gestação: revisão sistemática. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba: 2023. Disponível em: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/60763/43898>. Acesso em: 27 mai. 2024.