
A dengue é uma das doenças tropicais mais relevantes no cenário mundial, especialmente em países de clima quente e úmido, como no Brasil, onde o mosquito Aedes aegypti encontra condições ideais para se proliferar. Essa enfermidade viral, que já atinge milhões de pessoas por ano, pode variar desde quadros leves até formas graves, como a dengue hemorrágica, que representam risco à vida. (1)
A seguir vamos esclarecer os principais sintomas, métodos de prevenção e abordagens de tratamento, destacando a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico adequado. Acompanhe!
Dengue: tudo que você precisa saber
A dengue é causada por um vírus da família Flaviviridae e pode apresentar quatro sorotipos diferentes (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). Uma vez infectada por um sorotipo, a pessoa desenvolve imunidade permanente a ele, mas continua vulnerável aos outros três, podendo desenvolver casos mais graves em reinfecções. (1)
O que é dengue e dengue hemorrágica?
A dengue hemorrágica é uma complicação que, além dos sintomas típicos, apresenta sangramentos, aumento da permeabilidade vascular e, em casos extremos, pode evoluir para choque, necessitando de intervenção imediata. (2)
Como é a transmissão e como previnir
O ciclo de transmissão começa quando um mosquito Aedes aegypti pica uma pessoa infectada, adquirindo o vírus. Após o período de incubação, o mosquito pode transmitir a doença ao picar outras pessoas. A prevenção depende de eliminar os criadouros, como recipientes com água parada, e adotar medidas como o uso de repelentes, roupas protetoras e instalação de telas em janelas e portas. Campanhas de conscientização sobre o controle ambiental também são essenciais para combater a disseminação do mosquito. (3)
Quais são os sintomas da dengue?
Os sintomas da dengue incluem:
- Febre alta súbita;
- Dores musculares intensas;
- Dores articulares;
- Dor de cabeça (comum na região atrás dos olhos);
- Cansaço;
- Náuseas e vômitos;
- Manchas avermelhadas na pele e coceira.
Em sua forma mais grave, sinais de alerta como dor abdominal intensa, sangramentos gengivais ou nasais e dificuldade respiratória indicam a necessidade de cuidados médicos urgentes. (2)
O diagnóstico da dengue
O diagnóstico da dengue é feito com base na avaliação clínica e em testes laboratoriais, como a detecção do antígeno NS1, PCR ou exames sorológicos que identificam anticorpos IgM e IgG contra o vírus. A confirmação laboratorial é fundamental para diferenciar a dengue de outras doenças tropicais com sintomas semelhantes, como febre chikungunya e zika vírus. (2)
Qual o tratamento para a dengue?
O tratamento da dengue é sintomático, focado no manejo das manifestações clínicas e na prevenção de complicações. Embora não exista um antiviral específico, o acompanhamento médico é essencial para garantir a reidratação adequada e monitorar possíveis sinais de alerta que indiquem progressão para formas graves da doença. (1)
Não se automedicar e buscar ajuda médica
Evitar a automedicação é uma das principais orientações no tratamento da dengue, já que medicamentos como ácido acetilsalicílico (aspirina) e anti-inflamatórios não esteroidais podem aumentar o risco de sangramentos. Ao surgirem os primeiros sintomas, deve-se procurar atendimento médico para uma avaliação criteriosa e a prescrição de medicamentos seguros para alívio da febre e das dores. (4)
Repouso
Durante a infecção, o corpo necessita de energia para combater o vírus e recuperar o equilíbrio. O repouso absoluto ajuda a minimizar o desgaste físico e melhora as chances de recuperação rápida. Atividades físicas devem ser evitadas até que o paciente esteja completamente recuperado. (4)
Ingestão de líquidos
A hidratação é um dos pilares do tratamento da dengue. A ingestão de água, sucos naturais e soluções de reidratação oral é crucial para compensar as perdas causadas pela febre, vômitos e sudorese. Em casos graves, a reposição hídrica pode ser feita por via intravenosa, conforme avaliação médica. (1)
Retornar para a reavaliação clínica
Mesmo após a redução dos sintomas iniciais, é essencial manter o acompanhamento médico. Uma reavaliação pode identificar precocemente complicações, como sangramentos ou desidratação, garantindo que o tratamento seja ajustado conforme necessário. (4)
O que não se pode fazer ao contrair dengue?
Ao ser diagnosticado com dengue, algumas práticas devem ser evitadas para prevenir complicações (4)
- Não se automedicar;
- Procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
Ignorar a necessidade de retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica.
Com dengue o conhecimento e a prevenção são essenciais
A dengue é uma doença séria que exige atenção e cuidados imediatos ao primeiro sinal. Conhecer os sintomas, buscar diagnóstico precoce e seguir as orientações médicas são passos fundamentais para evitar complicações e promover a recuperação.
Além disso, a prevenção, com controle do mosquito transmissor e cuidados ambientais, é a chave para reduzir a incidência da doença. Para mais informações sobre saúde e prevenção, continue acompanhando o blog da Myralis. Cuidar da sua saúde e da sua família começa com o conhecimento!
Referências
(1) MEDEIROS, E. A. Desafios no controle da epidemia da dengue no Brasil. Acta Paul Enferm. 2024. DOI: http://dx.doi.org/10.37689/acta-ape/2024EDT012.
(2) SINGHI, S.; KISSOON, N.; BANSAL, A. Dengue and dengue hemorrhagic fever: management issues in an intensive care unit. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro: Vol. 83, Nº 2, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0021-75572007000300004.
(3) CLARO, L. B. L.; TOMASSINI, H. C. B.; ROSA, M. L. G. Prevenção e controle do dengue: uma revisão de estudos sobre conhecimentos, crenças e práticas da população. Cad. Saúde Pública, Dez., 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2004000600002.
(4) BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue. Portal Gov.br. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue. Acesso em: 14 jul. 2025.